Sobre

Pela primeira vez o TAU – Território de Arte Urbana, concentrará suas atividades em um único território: a Vila Dias, no bairro Santa Tereza, em BH. Para além da proposta deste espaço imersivo condensado, a edição também se torna especial pelo recorte utilizado na escolha das fachadas: a priorização por comércios totalmente geridos por mulheres. 

Como proposição curatorial para sua 4ª edição, a mostra intitulada Escutas Inventadas: recontando histórias de mulheres da Vila Dias busca promover discussões imagéticas acerca das inúmeras possibilidades de se existir enquanto mulher e a aproximação de propostas artísticas que dialoguem com as histórias das mulheres que terão seus estabelecimentos contemplados pelo projeto.A mostra tem como ponto referencial a escuta. 

No mundo contemporâneo dos infinitos estímulos, principalmente em decorrência das redes sociais e suas dinâmicas de conexões em tempo quase integral, poucos são os momentos em que conseguimos parar pra escutar o que as outras pessoas têm a dizer. Escutas Inventadas: recontando histórias de mulheres da Vila Dias é uma proposição de ruptura desse excesso, regido pelo imediatismo raso da hegemonia da visão. É um convite ao exercício ou invenção de escutas sensíveis que abram campos de conexão entre as histórias dessas mulheres e suas falas, que, muitas vezes, por meio de gestos e grafias corporais excedem o campo da oralidade.

Nesta edição, o olhar curatorial volta-se, então, para propostas artísticas de caráter experimental que se apresentem permeáveis à incorporação dessas histórias. Espera-se que, a partir das escutas desse território geográfico e sensível da Vila Dias, possam confluir criações que transcendam os discursos normativos em torno do gênero, contemplando tanto as histórias das anfitriãs do projeto quanto reflexões em torno das infinitas possibilidades de ser mulher e pensar o feminino.

 

Venham com a escuta e o coração abertos!

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As inscrições estarão abertas de 09 a 25 de agosto de 2024.

Curadores

Bárbara Macedo

Artista visual.

Bárbara Macedo é artista visual, pesquisadora e consultora de Diversidade e Inclusão.

Graduada em artes plásticas pela Escola Guignard (UEMG), atualmente está mestranda em artes visuais pela Escola de Belas Artes (UFMG) e pós-graduanda na especialização em Gestão de Diversidade nas Organizações (UNISE).

Possui reconhecida trajetória no cenário das artes visuais, tendo sido indicada ao Prêmio PIPA em 2023. Entre as exposições que já participou, destacam-se: Sobre isto, Sobretudo, Sobre tudo isso (2024), Ilê de Mona (2023), Babélica (2023), Museu Travesti da Neca (2021), BRAsA (2019) e Coleção Grandes Mestres das Nudes (2018).

Atuou como curadora, coordenadora e orientadora da Residência Artística Quarta Queer (2018) e como curadora da exposição Trajetória Viva (2020). Participou das residências artísticas do Fórum de Fotoperformance (2023), Profecias (2023) e Solo em Foco (2023). Articula artes visuais, espiritualidade e travestilidade em seus trabalhos. 

Dyana Santos

Artista visual.

É graduada em pintura e escultura pela escola de Belas Artes da UFMG, onde também fez mestrado e integra o programa de pós graduação como doutoranda em Artes Visuais. 

Atualmente, pesquisa linguagens tridimensionais, muitas vezes trabalhando com as medidas anatômicas do seu corpo para desenvolver instalações, esculturas vestíveis e objetos. 

Aplicando em chapas de aço e cobre técnicas de metalurgia e de costura, empreendidas pelas mulheres de sua família, suas pesquisas partem dos atravessamentos da colonialidade sobre suas vivências e das tecnologias e saberes ancestrais de existência.

É residente na 9ª edição do Bolsa Pampulha, destacando-se ainda sua participação em:  o 33º Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo, com a mostra individual “Arena”; a exposição “Dos Brasis: arte e pensamento negro”; a 2ª edição da residência artística Fórum Fotoperformance. Já ganhou prêmios aquisitivos com o primeiro lugar no 16º Salão Nacional de Artes de Jataí e no VII Salão Itabirito Regional.

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